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19/01/2021

Introdução Alimentar

Introdução alimentar: dicas e métodos para uma boa experiência

São no mínimo seis meses de amamentação exclusiva. Um período para conhecer o novo membro da família, criar vínculos e observar de perto o desenvolvimento de um novo ser humano. Depois desse período, o momento de introduzir novos alimentos à vida do bebê pode deixar os pais ansiosos e confusos. São tantos métodos e teorias, tantas informações e desinformações circulando pela internet. Mas, afinal, qual é o método mais adequado, seguro e saudável para o desenvolvimento do pequeno? E o que deve ser levado em consideração ao escolhê-lo? Se você está passando por esta fase, fique tranquilo, nem tudo é tão difícil quanto parece e não existe um único caminho correto a ser seguido. Cada bebê é um ser único, tem o seu ritmo de desenvolvimento, e as famílias devem criar seu próprio processo a partir da rotina da casa e necessidades da criança. Neste texto, explicaremos alguns aspectos importantes a serem considerados sobre o assunto.

 

A introdução alimentar deve ser feita de forma gradual, respeitando o os sinais de prontidão e o apetite do bebê. O mais adequado, segundo a nutricionista Kelly Ardachnilzoff, é começar sempre pelas frutas e, aos poucos, acrescentar legumes, verduras e proteínas. Por último, os alimentos como arroz e feijão. É importante preferir alimentos frescos e naturais aos industrializados.

 

Essa é uma fase muito rica para o desenvolvimento do bebê, além de auxiliá-lo a desenvolver novas habilidades, abrindo um novo leque de percepção sensorial, de sabores, texturas e aromas. A nutricionista Kelly enfatiza a importância da fase no desenvolvimento motor, mastigação, deglutição e escolhas alimentares futuras. Também nessa fase podem-se definir seletividades alimentares futuras, que podem gerar deficiências de vitaminas e minerais, constipação crônica, inflamações, entre outras complicações

A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que a introdução alimentar se inicie apenas a partir dos 6 meses. Até lá, a amamentação deve ser exclusiva e em livre demanda, não sendo adequado oferecer nenhum outro alimento sólido ou líquido ao bebê. Após esse período, o ideal é que a amamentação seja complementada por outros alimentos, e mantida até os 2 anos de idade.

 

Mas, afinal, quais são os métodos?

Existem diversos métodos que podem ser utilizados para a introdução alimentar, e cada um deles auxilia no desenvolvimento de um tipo de habilidade. Além disso, as diferenças estão também na facilidade de se aplicar um determinado método dentro da rotina da família. É importante que esta escolha seja orientada por um pediatra ou nutricionista, considerando as necessidades específicas de cada criança e as suas condições de saúde. As informações e dicas contidas nesse texto não substituem o acompanhamento de um profissional qualificado. Abaixo, listamos 3 dos principais métodos e suas características:

 

1. Papinha
A papinha é o método mais popular, e muitas mães se sentem mais seguras de iniciar por ele.

 

É importante destacar que, ao optar por esse método, os alimentos devem ser amassados e não processados, para estimular a mastigação que auxilia no processo digestivo e desenvolvimento da fala

A papinha pode ser feita com praticamente todos os alimentos, porém o ideal é não misturar alimentos diferentes, para que a criança possa conhecer e diferenciar os sabores de cada alimento isolado. Misturar diversos alimentos pode induzir maior seletividade alimentar no futuro.

 

2. BLW

Um dos queridinhos da atualidade, esse método moderno é ligado ao desenvolvimento da autonomia da criança. A sigla BLW significa: “Baby Led Weaning”, que pode ser traduzido como “Desmame guiado pelo bebê”.

 

Este método consiste em oferecer alimentos sólidos ao bebê, para que ele mesmo pegue os alimentos e faça a mastigação.

 

3. Participação Ativa

Este método é uma mescla dos dois anteriores. Além de os alimentos serem oferecidos ao bebê para que explorem por si mesmos, o cuidador também oferece com a colher. O maior controle dos cuidadores garante que a criança ingira uma quantidade maior de alimentos do que quando explora sozinha.

Essa tem sido uma ótima opção para quem não abre mão de alimentar o bebê mas também deseja que ele conheça os alimentos e aproveite outros benefícios do método BLW.

 

Se você ainda não sabe qual é o melhor método de introdução alimentar, é importante testar. Não existe método correto, existe aquele ao qual o seu filho se adapta melhor. Tente oferecer alimentos de diversas maneiras e ver como ele reage.

 

Será que o seu bebê está pronto?

Acima falamos sobre a importância dos sinais de prontidão do bebê. Mas, afinal, quais são eles? Em média este momento acontece quando o bebê completa 6 meses, quando o seu trato gastrointestinal já está preparado para receber outros tipos de alimentos. Dependendo do desenvolvimento do bebê, pode ocorrer um pouco antes ou depois. O ideal é não antecipar, mas estar sempre atento a forma como o bebê age, que demonstra sua maturidade para a introdução alimentar. São considerados sinais de prontidão saber se sentar sozinho, levar objetos à boca com frequência e demonstrar interesse pelos alimentos consumidos por adultos.

Uma boa dica para uma introdução alimentar de sucesso é respeitar o bebê, não forçando a ingerir uma grande quantidade de alimentos, ou alimentos que ele rejeita. É natural que, a princípio, ele coma em pequena quantidade.

Além disso, é importante que a criança seja participativa de todo o processo. Mostre os alimentos para ela antes de oferecer, permita eu ela sinta o cheiro, a textura, observe as cores. Reserve um ambiente tranquilo e sem muitos estímulos e, o principal: tenha paciência. Bons hábitos alimentares se constroem com o tempo.